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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Casos clínicos e diagnósticos

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CASO 1: Homem de 37 anos de idade viajou para o Senegal por dois meses. Após seu retorno, queixou de fadiga, dor de cabeça e febre. Ele também afirmou que foi picado várias vezes por insetos. O teste de laboratório incluiu um esfregaço de sangue corado com Wright-Giemsa. Figuras A- D mostram o que foi observado no esfregaço no aumento 1000x.
Diagnóstico: não foi encontrado nenhum hemoparasita. As estruturas mostradas nas imagens são artefatos, plaquetas (degeneraçoes alongadas). As estruturas não tem as características morfológicas internas (um núcleo e cinetoplasto) encontrados em tripanossomas.


CASO 2: Um homem de 70 anos de idade, do meio-oeste dos Estados Unidos tinha queixas de febre e mal-estar geral com duração de cerca de uma semana. Ele foi internado em um hospital com evidência de processo hemolítico (urina escura e baixa hemoglobina). Ele havia sofrido uma esplenectomia, quando tinha 40 anos. Esfregaços de sangue foram preparados e corados com Giemsa. Figuras A e B mostram o que foi visto nos esfregaços corados e ampliados em1000x. Qual é o seu diagnóstico?
Diagnóstico: Este é um caso de babesiose causada por Babesia sp. Ausência de pigmento, que pode ser encontrada em espécies de Plasmodium.
Estruturas intracitoplasmáticas isoladas, ou dimétricas, trimétricas tetramétricas em cruz de malta, com formas alongadas de 1,5 a 2,5 μm, às vezes em forma de anel reconhecidos como piroplasmas, de acordo com CANNING et al.(1976).




CASO 3: Um paciente foi a um hospital com febre e trombocitopenia após a recente viagem ao Haiti. A pesquisa de hematozoarios foi solicitado pelo médico assistente. A figura mostra o que foi visto no esfregaço de sangue Wrights-Giemsa ; a imagem foi feita numa zona mais grossa do esfregaço e raras destas estruturas foram encontradas .
Diagnóstico: A estrutura mostrada neste caso era um artefato e se assemelha a um gametócitos do Plasmodium falciparum. Embora o tamanho esteja dentro do intervalo de gametócitos de P. falciparum, características morfológicas principais estavam ausentes.

A Figura abaixo mostra gametocito P. falciparum , com caracteristicas:
pigmento amarelo e / ou marrom, (setas pretas).
cromatina-coloração avermelhada (setas roxas).



CASO 4: Criança 9 anos com linfoma de Burkitt, medula óssea com 85% de linhagem linfoide neoplasica configurando com quadro de LLA-L3 / FAB.

                        Abaixo: Blasto LLA-L3 em sangue periferico. Criança 9 anos com linfoma de Burkitt.


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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

25 de Novembro: DIA DO DOADOR DE SANGUE

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Conheça o passo a passo da doação de sangue

Doar sangue é um ato que ajuda muitas pessoas. Necessitam de sangue pessoas que passam por cirurgias, fazem quimioterapia entre vários outros tratamentos. Como ele não pode ser produzido artificialmente é necessário voluntários para manter os estoques cheios.
Há critérios que permitem ou impedem uma doação. Eles são determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue. 
O doador precisa:
- portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação);
- estar bem de saúde;
- ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 69 anos, 11 meses e 29 dias;
- pesar mais de 50 Kg;
- não estar em jejum;
- evitar apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.
Não pode doar temporariamente:
- quem está com Febre
- com gripe ou resfriado
- grávida
- fazendo uso de alguns medicamentos
- pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis
- ingeriu de bebida alcoólica no dia da doação
Cirurgias e prazos de impedimentos:
- pós-parto: parto normal, 90 dias; cesariana, 180 dias
- tatuagem: 1 ano
- extração dentária: 72 horas
- apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: três meses
- colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses
- transfusão de sangue: 1 ano
- vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina
Não pode doar:
- quem teve hepatite após os 10 anos de idade
- quem apresenta evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas
- faz uso de drogas ilícitas injetáveis
- já teve ou tem malária
Cuidados pós-doação:
- evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas
- aumentar a ingestão de líquidos
- não fumar por cerca de 2 horas
- evitar bebidas alcóolicas por 12 horas
- manter o curativo no local da punção por pelo menos de quatro horas
- não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho
Intervalos para doação:
- Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)
- Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)
DOE SANGUE! DOE VIDA!


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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Cientistas descobrem como fazer células de leucemia matarem umas às outras.

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Apesar de existirem quatro tipos de leucemia, o denominador comum da doença é o prejuízo sofrido pelos leucócitos, os glóbulos brancos do sangue – essas células cancerosas podem comprometer a medula óssea, prejudicando e até impedindo a fabricação de células sanguíneas saudáveis. Apesar de normalmente os médicos não conseguirem descobrir a causa, seu tratamento não ser dos mais simples e a efetividade não ser garantida, um estudo publicado no final de setembro pode significar um sopro de esperança para os portadores da doença.
No campo da pesquisa da cura ao câncer, transformar células malignas em benignas é uma das grandes chaves, uma espécie de Santo Graal da medicina. Essa nova pesquisa realizada pelo The Scripps Research Institute, dos EUA, passa justamente por aí: foi descoberto um jeito de converter células cancerígenas em células que não só são menos agressivas ao organismo do paciente como adquirem a capacidade de matar outras células com leucemia.
O segredo para esse importante achado científico está no tratamento com anticorpos: nos últimos anos, cientistas descobriram que certos anticorpos ativam os receptores de células jovens para que elas se tornassem maduras. A novidade de agora é que eles descobriram que alguns desses anticorpos também podem transformar essas células imaturas da medula em outros tipos de células encontradas no sistema nervoso.
Na Leucemia Mieloide Aguda (LMA), a medula do paciente produz muitos glóbulos brancos, comprometendo a produção de outras células do sangue. Os cientistas pegaram uma amostra de sangue com LMA e aplicaram esses anticorpos indutores de crescimento, fazendo com que as células cancerosas se transformassem em células dendríticas, conhecidas pelo seu papel crucial no nossos sistema imunológico, já que identificam e ajudam a combater vírus, bactérias etc.    
  • Em 24 horas, essas “células matadoras de câncer”acabaram com 15% da população de células cancerígenas. O número impressionou a comunidade científica e chamou atenção o fato de que o ataque ocorreu somente contra células que possuíam a LMA, sendo inofensiva para outros tipos de câncer.  
Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), em 2014 surgiram 11.370 novos casos de leucemia no Brasil, sendo 5.050 homens e 4.320 mulheres.



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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Novo exame de sangue pode descobrir câncer de mama com 5 anos de antecedência

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Já imaginou se um simples exame de sangue conseguisse prevenir o câncer de mama?

Pois é exatamente disso que se trata uma pesquisa dinamarquesa.

Segundo ela, além de descobrir sobre a doença, o exame é ainda mais preciso que uma mamografia: pode prever até 5 anos antes do câncer se desenvolver e ainda tem um nível de precisão de 80%, enquanto os exames de mamografia são de 75% e só depois que a pessoa já desenvolveu a doença.

Essa grande descoberta se deve ao desejo de pesquisadores da Universidade de Copenhagen quererem encontrar uma melhor opção para o rastreamento do câncer de mama que não só fosse mais preciso, mas também resolvesse o problema de falsos positivos que tem assombrado a mamografia durante anos.

No ano passado, um estudo envolvendo 13.000 mulheres descobriu que o rastreio através de mamografia perde mais de 2.000 casos de câncer de mama por ano só no Reino Unido, enquanto falsamente alertava outras mulheres sobre a doença.


Mas porque a mamografia é tão imprecisa?

O grande problema encontrado por esse exame, é lidar com diferentes tipos biológicos de cada mulher. Sendo assim, as que possuem, tecido mamário mais denso – cerca de 1 em cada 3 mulheres, são as mais prejudicadas.

Além delas terem um grande risco de desenvolver câncer de mama, o tecido mamário mais denso dificulta a sensibilidade do exame como a percepção de nódulos. Os pesquisadores aconselham nesses casos, ao uso conjunto de ultra-som para alcançar uma melhor precisão.

Mas talvez o uso do exame de sangue possa mudar tudo isso. Ele se basearia em “medir todos os compostos no sangue para construir um perfil metabólico de um indivíduo, a fim de detectar mudanças na forma como os produtos químicos são processados, durante a fase pré-cancerosa”, diz Laura Donnelly, uma das pesquisadoras, ao Telegraph.

O conceito é o mesmo usado por pesquisadores da Universidade de Harvard nos EUA para prever doenças como leucemia, linfoma e síndrome mielodisplásica. A extração de exames de sangue possibilitou a observação de mutações nas células e, com isso, a percepção dos sintomas dessas doenças.

Para testar a eficácia do novo exame de sangue ao câncer de mama, os pesquisadores dinamarqueses observaram 57.000 participantes ao longo de 20 anos, recolhendo amostras de sangue ao longo do caminho. Desse total, foi retirada uma amostra de 800 mulheres, dividida em dois grupos – aqueles que permaneceram saudáveis durante todo o processo, e aqueles que desenvolveram câncer de mama no prazo de 7 anos de sua primeira amostra de sangue.

As amostra de cada uma dessas mulheres foram comparadas e os respectivos perfis metabólicos construídos.


Os pesquisadores descobriram que eles foram capazes de prever, com precisão de 80%, que os pacientes seriam afetados pela doença só de olhar para os perfis metabólicos. É claro que a precisão de 100% é sempre o almejado, mas a grande vantagem deste teste é que dá as mulheres em risco um avanço no combate à doença.

A detecção precoce é fundamental para o câncer de mama – se for descoberto precocemente, como no estágio 2, a chance de sobrevivência é de 93 a 100%. Já no estágio 3, o número cai para 72% e no estágio 4, para 22%.

Essa é a função do exame de sangue: ajudar a prevenir futuros possíveis cânceres de mama, tornando o combate e sobrevivência para cada mulher próximo de 100%.


FONTE:  sciencealert.com
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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Proteína responsável por dengue hemorrágica é descoberta!

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Dois estudos publicados na revista Science Translational Medicine na última quarta-feira (9) identificaram o papel de uma proteína produzida pelo vírus da dengue responsável por fazer os vasos sanguíneos se romperem nos casos de dengue hemorrágica. A descoberta abre caminho para o desenvolvimento de vacinas e medicação contra a versão mais fatal da doença. Segundo o Ministério da Saúde, até 1º de agosto deste ano, foram confirmadas 614 mortes por dengue no país, um aumento de 57% em relação ao mesmo período no ano passado. O Brasil registrou mais de um milhão de casos de dengue até o final de julho (1.350.406 casos notificados).
Até hoje não existe tratamento efetivo ou vacina para a dengue, que é a doença transmitida por mosquito que mais afeta as pessoas no mundo todo, chegando a 100 milhões de pessoas infectadas a cada ano. Calcula-se que a cada dez pessoas infectadas de uma a duas ficam doentes e a maioria dos pacientes desenvolve apenas os sintomas mais simples da doença, como febre branda e dor no corpo. Mas, nos casos em que a doença vira hemorrágica, o sistema imunológico fica fora de controle e desencadeia o sangramento dos vasos sanguíneos o que pode levar à insuficiência circulatória e até à morte.
Os cientistas ainda não tinham descoberto como a infecção avança para o estágio fatal. Desconfiava-se que a causa era a proteína NS1, usada pelo vírus para se reproduzir e invadir células do sistema imunológico. Assim, a equipe do pesquisador Paul Young, da Universidade de Queensland, na Austrália, estudou células do sistema imunológico de humanos e ratos e descobriu que a NS1 ativa diretamente uma superfície conhecida como receptor 4 (TLR4), ativadora da liberação de moléculas inflamatórias. A partir disso, eles usaram células endoteliais (dos vasos sanguíneos) alteradas apenas pela inflação provocada pelo NS1 e isso fez com que a barreira grossa de células começasse a sangrar. A partir disso, trataram ratos infectados com dengue com um composto que bloqueia as células TLR4 e isso reduziu a hemorragia significativamente.
Os resultados sugerem que a proteína NS1 se comporta como uma toxina viral da mesma forma que toxinas de bactérias ativam a TLR4 e desencadeiam infecções generalizadas. A comparação entre a síndrome do choque séptico e síndrome do choque associado à dengue deu base para testar remédios que estão sendo usados em pacientes com dengue e podem trazer avanços clínicos nos próximos dois anos, avalia Young.
Em outro estudo, Robert Beatty e seus colegas da Universidade da Califórnia, relataram que a vacinação com a proteína NS1 pode proteger ratos contra a dengue hemorrágica. Os pesquisadores conseguiram comprovar que proteínas NS1 dos quatro tipos de dengue afetam as células dos vasos sanguíneos e causam hemorragia. No estudo, os ratos que não foram vacinados morreram, enquanto os que foram vacinados com NS1 de cada tipo de dengue sobreviveram à infecção fatal causada pela dengue hemorrágica. A vacina mobilizou anticorpos específicos contra a proteína NS1 e bloqueou a hemorragia.
A dengue é causada por um vírus da família Flaviridae, transmitido de uma pessoa à outra através do mosquito Aedes aegypti. Existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue: os sorotipos 1, 2, 3 e 4.

FONTE: Portal UOL
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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Presidente do CMS/CG se reúne com pacientes portadores de anemia falciforme

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No dia 26 de agosto, às 14 horas, o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Campina Grande (CMS/CG), Joseilton Brito se reuniu com pacientes portadores de anemia falciforme.
O encontro, que ocorreu na sala do CMS/CG contou ainda com a participação de representantes da Associação Paraibana de Portadores de Anemias Hereditárias (ASPPAH).
De acordo com o presidente do CMS, Joseilton Brito, as discussões giraram em torno das necessidades apresentadas pelos portadores, e os representantes. “A reunião foi bastante produtiva, entre os principais assuntos tratados nós tivemos a Política Municipal sobre anemia falciforme e as notificações de casos de anemia falciforme”, relatou Joseilton.
A próxima reunião do Conselho Municipal de Saúde com os portadores e os representantes da ASPPAH está prevista para acontecer dia (09/09), as 14:00 horas, no Hemocentro de Campina Grande.
A pauta do encontro será o fluxo de atendimento para pacientes portadores de anemia falciforme.

CMS/CG
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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

'Minha namorada morreu por causa de uma churrasqueira'

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Roland Wessling perdeu a namorada, Hazel Woodhams, por causa de uma churrasqueira - e quase morreu também

  • Roland Wessling perdeu a namorada, Hazel Woodhams, por causa de uma churrasqueira - e quase morreu também
Quando Roland Wessling olhou para a namorada, Hazel Woodhams, deitada ao seu lado na tenda que haviam montado em um camping, sabia que era tarde demais. O que ele não sabia é que o "assassino" ainda estava na tenda e que sua vida também estava em perigo.

Monóxido de carbono, um gás sem cheiro e sem cor, havia vazado da churrasqueira usada para o almoço. Hazel e Roland foram envenenados enquanto dormiam.

Metade da população do mundo usa combustíveis à base de carbono, como carvão e madeira, para cozinhar e aquecer suas casas - e fazem isso muitas vezes em locais pouco ventilados.

O perigo de ficar muito perto de uma chama é bastante claro para nós, mas o que muita gente não sabe é a ameaça que um combustível à base de carbono pode representar mesmo quando não está mais queimando.


'Morte silenciosa'

Em 2011, Hazel e Roland foram acampar e compraram uma tenda. Hazel estava fazendo 30 anos e eles decidiram comemorar em uma viagem a Norfolk Broads, no interior da Inglaterra, para um fim de semana de descanso e lazer.

Ela já tinha visto os efeitos fatais do monóxido de carbono em seu emprego como investigadora criminal. O casal até tinha um alarme de monóxido de carbono em sua casa, mas eles obviamente não levaram o aparelho para o camping.

"Nós estávamos fazendo churrasco tranquilamente e de forma segura, fora da tenda", contou Roland contou. Mas depois de algumas horas, eles decidiram trazer a churrasqueira para dentro, para protegê-la da chuva e de pessoas que passavam por ali.

"A churrasqueira estava suficientemente fria para podermos carregá-la. Não havia fumaça saindo dela, parecia estar completamente inativa."

"Colocamos a churrasqueira na parte da varanda da barraca e fomos dormir."

Mas a churrasqueira não estava completamente inativa.

Quando há queima de combustíveis, o monóxido de carbono emitido torna-se relativamente ofensivo na forma de dióxido de carbono. Mas quando não há mais o fogo, o monóxido de carbono continua sendo produzido sem ser transformado.

Em um local bem ventilado, isso não apresenta nenhum problema, mas dentro da tenda de Roland e Hazel, onde havia pouca circulação de ar, o monóxido de carbono foi se acumulando e chegou a níveis muito tóxicos, que eram inalados imperceptivelmente pelo casal que dormia ali.

"Eu me lembro de levantar de manhã me sentindo muito mal, completamente desorientado. Eu posso dizer com certeza que nunca me senti pior em toda a minha vida", recorda Roland.

"Comecei a gritar pedindo ajuda, mas estávamos em um lugar meio isolado no camping. Ninguém me ouvia."

Em determinado momento, alguém ouviu os gritos de Roland e ele foi levado ao hospital. Foi lá que os médicos perceberam que os níveis de monóxido de carbono no seu sangue estavam extremamente elevados.

Conforme o monóxido de carbono é inalado, ele entra na corrente sanguínea e se liga à hemoglobina nos glóbulos vermelhos, substituindo e bloqueando as moléculas de oxigênio que normalmente estão ligadas a eles.

Em níveis extremamente altos, como no caso de Roland e Hazel, o monóxido de carbono pode chegar a substituir todo o oxigênio do corpo. As vítimas ficam completamente sufocadas, e os órgãos param de receber o oxigênio que precisam.

O cérebro, por exemplo, é especialmente vulnerável e pode ser sufocado em apenas quatro minutos. As pessoas que sobrevivem a situações como essa podem sentir os efeitos disso, que vão piorando nos dias e semanas seguintes.

Eles podem desenvolver sintomas como dificuldade de concentração, de audição e visão, além de efeitos no humor, incluindo ansiedade e depressão.


Oxigenoterapia

Quando a vítima recebe oxigênio puro em situações como essa - através do uso de uma máscara de oxigênio - o monóxido de carbono é deslocado da hemoglobina. Mas isso precisa ser feito nos primeiros minutos e horas após a inalação do gás.

Mas no caso de Roland, os médicos optaram pela oxigenoterapia hiperbárica - quando o oxigênio é colocado no sangue em uma pressão alta. Especialistas acreditam que isso ajuda a reduzir inflamação e previne danos de longo prazo no cérebro.

Roland teve sorte de estar perto de um centro de tratamento e sua recuperação neurológica tem sido boa.

Durante a terapia, pacientes sentam em uma câmara de oxigênio pressurizada - semelhante àquela usada por mergulhadores com doença de descompressão.

"Nós damos o oxigênio sob pressão por cerca de 30 minutos, aí eles têm um intervalo, e depois há uma nova sessão de oxigênio", explica Pieter Bothma, diretor da Unidade Hiperbárica de Londres no Whipps Cross Hospital.

Mas a pesquisa sobre o uso da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento da intoxicação por monóxido de carbono ainda levanta questionamentos. Uma revisão dos melhores estudos sobre o assunto feita em 2011 não encontrou evidências suficientes para recomendá-la como tratamento. Especialistas concordam que pesquisas mais avançadas sobre o tema são necessárias.

Mas mesmo a oxigenoterapia hiperbárica não é perfeita. A melhor forma de lidar com o monóxido de carbono ainda é evitar a intoxicação em primeiro lugar.

"É como qualquer outra lesão neurológica. Nós ainda entendemos pouco o cérebro e as maneiras de diminuir os danos a ele. Então a prevenção é a melhor estratégia", disse Bothma.

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quinta-feira, 2 de julho de 2015

SUS inclui transplante de medula para tratar anemia falciforme

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Pacientes que sofrem de anemia falciforme terão à disposição pelo SUS (Sistema Único de Saúde) o transplante de medula óssea, tratamento indicado para as formas mais graves da doença e a única cura conhecida para a enfermidade. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (1º) no "Diário Oficial da União".

Estima-se que 3.500 brasileiros nasçam com a anemia falciforme por ano. A doença, ligada ao sangue, pode causar desconforto, dores e até mesmo lesão dos órgãos por conta de um gene presente principalmente na população negra.

Durante as chamadas "crises de falcização", as hemácias (células que levam oxigênio para o organismo) ficam na forma de foice, perdem "flexibilidade" e entopem vasos sanguíneos, segundo a hematologista e membro da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Belinda Simões.

O transplante deve ser indicado em casos mais graves, em que os pacientes apresentem complicações neurológicas e articulares. Estima-se que o SUS oferecerá cerca de 50 transplantes ao ano.

Além da medula, o procedimento também pode ser feito com sangue do cordão umbilical de um irmão compatível.

A novidade será disponibilizada no SUS pelo Ministério da Saúde após recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de  Tecnologias (Conitec), que debateu o assunto com especialistas e diversos segmentos da sociedade por meio de consulta pública. Estudos já demonstravam um aumento na sobrevida de dois anos em 90% dos casos transplantados e em outros foi evidenciado que pessoas com doença falciforme, que atinge, na maioria, a população negra, deixaram de utilizar a morfina para o controle da dor após o transplante.

“O Brasil, que já tem o maior sistema público de transplantes do mundo, passa agora a ter também mais alternativa terapêutica para quem têm doença falciforme. O transplante é uma arma a mais para ajudar no combate à doença e no tratamento dessas pessoas”, destaca o coordenador-geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Heder Murari Borba.


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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Técnica inovadora transforma qualquer tipo de sangue em universal

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O sangue humano do tipo O, também chamado de “doador universal”, é assimilável por qualquer organismo. E uma nova pesquisa científica está muito próxima de chegar a esse tipo sanguíneo, a partir de qualquer outro, graças a uma enzima de laboratório Trata-se do trabalho de pesquisadores da Universidade de British Columbia, que desenvolveram uma técnica baseada na utilização de uma enzima especial para transformar os sangues de tipo A e B em O.
A maior diferença para a compatibilidade universal dos sangues de tipo A e B em relação ao O é que os primeiros possuem uma molécula adicional de açúcar, ligada aos glóbulos vermelhos. Embora superficialmente possa parecer um detalhe, a verdade é que, se um indivíduo de sangue O recebe uma doação de sangue A, seu sistema imunológico se comportará como se fosse uma ameaça, atacando-o e gerando, muitas vezes, consequências fatais.
Através das pesquisas, os cientistas conseguiram desenvolver uma enzima especial, criada a partir de uma bactéria, que foi modificada até se tornar mais poderosa. Após cinco gerações, foi possível criar uma bactéria eficaz o suficiente para eliminar praticamente qualquer rastro da molécula de açúcar no sangue.
Até o momento, os resultados ainda não estão totalmente satisfatórios, e a pesquisa continuará em desenvolvimento para se chegar a uma enzima adequada, que possa transformar os sangues de tipo A e B em doadores universais do tipo O sem trazer riscos. Chegado o momento, qualquer pessoa poderá receber uma transfusão de sangue sem importar o seu tipo – um avanço essencial para a saúde humana.

FONTE: Popular Science 
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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Nesse clima Junino, vamos continuar sendo nobres. Doe Sangue.

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Então galera! Aproveitando a campanha #JunhoVermelho, o grande artista paraibano Edgley Miguel (filho do grande sanfoneiro Edmar Miguel), aproveitou para pedir aquela força nessa luta. Nesse mês de Junho,nosso Nordeste vive os festejos juninos, mais um motivo pra você doar sangue. Nossos estoques nesse mês caem cerca de 30%, então procure o Hemocentro e seja nobre, doe sangue, doe vida.






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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Medicamento Para Hepatite C será distribuído pelo Ministério da Saúde

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Os pacientes com #hepatiteC crônica poderão ter acesso à medicação, que será adquirida de maneira centralizada pelo Ministério da Saúde para a distribuição aos estados, até o final do ano. O Brasil é um dos primeiros países a adotar essa nova tecnologia na rede pública de saúde, com acesso universal e gratuito.


O que é a Hepatite C?

Hepatite C é uma doença viral que leva à inflamação do fígado e raramente desperta sintomas. Na verdade, a maioria das pessoas não sabe que tem hepatite C, muitas vezes descobre através de uma doação de sangue ou pela realização de exames de rotina, ou quando aparecem os sintomas de doença avançada do fígado, o que geralmente acontece décadas depois.
Hepatite C é um dos três tipos mais comuns de hepatite e é considerado o pior deles.
De acordo com o Fundo Mundial para a Hepatite da Organização das Nações Unidas, cerca de 500 milhões de pessoas no mundo está infectada com os vírus para hepatite B e C, e apenas 5% delas sabem que tem a doença. No Brasil, existem cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite C, doença responsável por 70% das hepatites crônicas e 40% dos casos de cirrose, segundo dados do Ministério da Saúde.
Causas
A hepatite C é causada pelo vírus C, sua transmissão ocorre por meio do contato com sangue contaminado, seja por transfusão de sangue, acidentes com material contaminado, no caso de trabalhadores na área da saúde, ou por meio de drogas injetáveis. A transmissão de mãe para filho é rara, cerca de 5%, ocorre no momento do parto. A maioria dos estudos não conseguiu comprovar a transmissão da hepatite C por contato sexual.
Sintomas 
Hepatite C tem formas aguda e crônica. A maioria das pessoas que está infectada com o vírus tem hepatite C crônica, pois a doença geralmente não manifesta sintomas em sua fase inicial.
Os seguintes sintomas podem ocorrer com a infecção por hepatite C, e são decorrentes da doença do fígado avançada:
Diagnóstico 

Exames de sangue para detectar o vírus C em pessoas que tem fatores de risco de entrar em contato com o vírus ajudam a determinar se o paciente tem hepatite C e, assim iniciar o tratamento ou recomendar mudanças no estilo de vida que podem retardar danos ao fígado. Isto é recomendado porque a infecção por hepatite C geralmente começa a danificar o fígado antes de causar sinais e sintomas.

Exames de sangue também podem medir a carga viral, ou seja, a quantidade de vírus, e fazer a genotipagem do vírus – o que pode auxiliar na escolha da melhor opção de tratamento.
O médico também poderá recomendar um procedimento para remover uma pequena amostra de tecido do fígado para análises laboratoriais. A biópsia hepática, como é conhecido esse procedimento, pode ajudar a determinar a gravidade da doença e orientar as decisões de tratamento. Durante uma biópsia do fígado, o médico insere uma agulha fina através da pele até o fígado para remover a amostra de tecido.
Prevenção
Proteja-se contra a infecção por hepatite C tomando as seguintes precauções:
  • Não faça uso de drogas ilícitas
  • Seja cauteloso com piercings e tatuagens. Procure sempre um local e um profissional de confiança. Faça perguntas de antemão sobre a forma como o equipamento está limpo e verifique se os funcionários usam agulhas esterilizadas
  • Tenha seu material de manicure, ou certifique-se que foi esterilizado quando usar em salões de beleza
  • Proteja-se durante a relação sexual. Use sempre preservativos.
Ainda não existem vacinas contra a hepatite C.

FONTE: Ministério da Saúde

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